Arca Brasil

30 março 2011

Projeto Biomater - Bioplásticos


Eu gostei do que está sendo feito para a preservação do nosso planeta, vejam a seguir o que a Biomater anda aprontando. Não retirei os créditos e no rodapé do artigo estará a página.


Bioplásticos
A maioria dos plásticos produzidos no mundo são sintéticos, compostos derivados de petróleo e demoram de 200-400 anos ou mais para se degradarem. No Brasil a produção é de 4,2 milhões de toneladas por ano.
O problema maior dessa grande demanda é que estudos mostram que somente 15% dos plásticos de uso comum são reciclados, devido à dificuldade para separar a grande diversidade existente, custos de lavagem, contaminação de água/tratamento de efluentes, elevados custos de logística para transporte e manuseio desses materiais.
As pesquisas iniciais na busca de materiais biodegradáveis começaram há muito tempo. Vários produtos estão no mercado há mais de uma década. Recentemente a biotecnologia demonstrou a grandes avanços na obtenção e produção de materiais plásticos biodegradáveis/compostáveis provenientes de fontes agrícolas renováveis.
Técnicas em biotecnologia incluindo fermentação, microbiologia, polimerização, nanotecnologia, modificação de óleos vegetais, amidos, celulose, combinadas com a química tradicional baseada em produtos naturais e a síntese de polímeros estão possibilitando a inserção no mercado de diversos novos materiais termoplásticos e compósitos naturais como alternativas economicamente viáveis aos materiais provenientes de recursos fosseis não renováveis, como os derivados de petróleo, quando observado a analise ciclo de vida desses materiais e seus impactos ambientais.
Neste panorama, o "plástico biodegradável", aparece como uma tecnologia emergente e uma grande alternativa para a agricultura, para a indústria e o meio ambiente, tem sido alvo de atenções como um material polimérico que não sobrecarrega o meio ambiente. Também por sua natureza de se harmonizar com os organismos, tem gerado expectativas por novos desdobramentos na área de biologia e medicina, no papel de material funcional orgânico (biomaterial).
A indústria de bioplásticos, a nível mundial, assinou um acordo unilateral de “não utilização de transgênicos”, ou seja, fontes agrícolas geneticamente modificadas (GMO) como matérias-primas para obtenção de biopolímeros e derivados.
Numa época em que ocorre o aquecimento global do planeta, a exaustão dos recursos fósseis se aproxima, ou seja, uma deterioração do ambiente terrestre, busca-se com mais ênfase uma solução alternativa a escalada de preços dos derivados de petróleo. Entre as linhas mestras da estratégia biotecnológica, lançada recentemente, pode-se encontrar o "plástico biodegradável" como um dos itens para a utilização eficaz da biomassa.
Muitos paises estão suportados por políticas governamentais objetivando a pesquisa e o desenvolvimento desse mercado, apoiados em legislação competente que formam a base para eficiência na utilização desses materiais. No cenário mundial aparece com destaque a Europa (Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Áustria, Uk, Polônia e Itália) com mais de 1600 produtos comerciais certificados no mercado, o Japão e Austrália com 1200 certificados emitidos, USA e Canadá com mais de 600.
Embora já exista legislação específica sobre o assunto em muitos paises, a cadeia produtiva ainda esta se organizando e o processo de criação de entidades “certificadoras” e a adoção de padrões internacionais estão ocorrendo conforme o desenvolvimento local do mercado. Concretamente existem muitos outros paises com iniciativas de ampliação de utilização e articulação da política industrial integradas ao tratamento de resíduos sólidos e programas de lixo zero.
O processo de “biodegradação e compostabilidade” já são familiares a muitas pessoas como sendo a característica de substâncias naturais serem assimiladas por microrganismos presentes no solo em um ciclo natural curto até o seu desaparecimento completo.
Normas internacionais como (DIN EN13432) e (ASTM D- 6400) e testes que podem ser realizados laboratórios acreditados atualmente garantem e certificam estas propriedades.

A ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas acaba de editar a norma NBR 15448-1 Embalagens plásticas degradáveis e/ou renováveis – Parte 1 que define a terminologia e esta em fase consulta pública da Parte 2 – Biodegradação e Compostagem – Requisitos e Métodos de ensaio.
Os principais argumentos para a diferenciada atenção a esses novos materiais são:
- Essas tecnologias estão em franco desenvolvimento e oferecem ótimas oportunidades de crescimento. Estende-se a uma vasta área de aplicações e se utilizam dos mesmos equipamentos de transformação e de laboratório dos plásticos convencionais. Portanto é possível imaginar que todo transformador estará capacitado no futuro próximo e poderá utilizar esses materiais para confecção de seus produtos, sem problemas no processo de transferência de tecnologia.
- Esses materiais promovem a mudança cultural para a sustentabilidade das indústrias de embalagens que terão responsabilidade sobre o descarte final de seus produtos, diminuído a necessidades de utilização de recursos fosseis não renováveis, alem de viabilizar o desenvolvimento realmente sustentável das novas indústrias, como a de compostagem.
- Estão fortemente associados a programas de gerenciamento de resíduos, fazem parte do fluxo de resíduos orgânicos a serem tratados após o uso. O aparecimento de instalações de compostagem e coleta seletiva de lixo urbano (resíduos compostáveis), suportados pela utilização de bioplásticos serão definitivamente eco-eficientes.
- Na agricultura abre oportunidades de produção agroindustrial dentro do conceito de "Biorefinaria". Dessa maneira, um polímero de fonte natural é obtido usando-se apenas insumos naturais, inclusive a energia. Esses materiais produzidos, em contato com um ambiente biologicamente ativo (presença de bactérias e fungos), associado à temperatura e umidade, é transformado novamente em gás carbônico e água, concluindo o ciclo de vida sem impactar o meio ambiente. As culturas de maior interesse atualmente são as de milho, cana de açúcar, mandioca, batata, soja e podemos incluir os derivados e subprodutos do Biodielsel como potencial para produção desses materiais.

Os principais benefícios para a sociedade com desenvolvimento desse mercado são:
- Desenvolvimento sustentável de tecnologias em diversos setores da economia.
- Promovem a reciclagem natural ou reciclagem orgânica, já que a decomposição produz somente biomassa, CO2 e água. Portanto, esses produtos devidamente certificados devem ser destinados a usinas de compostagem, produzindo húmus, adubos orgânicos e, se destinados a aterros sanitários, possivelmente aumentarão a sua vida útil pela decomposição acelerada.
- Novas oportunidades de negócios principalmente em exportação, porque embalagens de cunho ecológico já são requisitos de entrada em muitos paises para qualquer produto importado da indústria eletrônica, alimentícia, fruticultura e floricultura.
- Promovem o seqüestro e a redução das emissões de CO2 e a conservação das reservas de petróleo.

Estamos oferecendo ao mercado diversos novos materiais termoplásticos e compósitos com características de serem biodegradáveis e a base de recursos naturais renováveis, como alternativas economicamente viáveis aos materiais provenientes de recursos fosseis, como os derivados de petróleo, quando observado a analise ciclo de vida desses materiais.

O mais importante é verificar que novas oportunidades estão surgindo e alternativas de produção mais limpas, com menor consumo de energia, minimizando impactos ambientais, são realidades em diversos mercados com inúmeros benefícios para a sociedade ajudando e economizar recursos fosseis não renováveis.

O Brasil ocupa posição privilegiada no futuro desse mercado pelas possibilidades na produção de matérias primas agrícolas e seus derivados.

http://www.biomater.com.br/o_que_e.htm - endereço da página. 24/07/2010

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