Arca Brasil

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26 agosto 2011

50 ações pelo Planeta

 

1. TAMPE SUAS PANELAS ENQUANTO COZINHA
Parece óbvio, não é? E é mesmo! Ao tampar as panelas enquanto cozinha você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar.

2. USE UMA GARRAFA TÉRMICA COM ÁGUA GELADA
Compre daquelas garrafas térmicas de acampamento, de 2 ou 5 litros . Abasteça-a de água bem gelada com uma bandeja de cubos de gelo pela manhã. Você terá água gelada até a noite e evitará o abre-fecha da geladeira.

3. APRENDA A COZINHAR EM PANELA DE PRESSÃO
Acredite, dá pra cozinhar tudo em panela de pressão: Feijão, arroz, macarrão, carne, peixe etc. Muito mais rápido e economizando 70% de gás.

4. COZINHE COM FOGO MÍNIMO
Não adianta! Por mais que você aumente o fogo, sua comida não vai cozinhar mais depressa, pois a água não ultrapassa 100ºC em uma panela comum. Com o fogo alto, você vai é queimar sua comida.

5. ANTES DE COZINHAR, RETIRE DA GELADEIRA TODOS OS INGREDIENTES DE UMA SÓ VEZ
Evite o abre-fecha da geladeira toda vez que seu cozido precisar de uma cebola, uma cenoura, etc…

6. COMA MENOS CARNE VERMELHA
A criação de bovinos é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Não é piada. Você já sentiu aquele cheiro pavoroso quando você se aproximou de alguma fazenda/criação de gado (ou de porcos)? Pois é: metano, um gás inflamável, poluente e mega fedorento. Além disso a produção de carne vermelha demanda uma quantidade enorme de água. Para você ter uma idéia, para produzir 1kg de carne vermelha são necessários 200 litros de água potável.
O mesmo quilo de frango só consome 10 litros.

7. NÃO TROQUE O SEU CELULAR
Já foi tempo que celular era sinal de status. Hoje em dia é necessidade. Trocar por um mais moderno para tirar onda?
Pense. Fique com o antigo pelo menos enquanto estiver funcionando perfeitamente ou em bom estado. Se o problema é a bateria, considere trocá-la e descart a antiga adequadamente, encaminhando- a em postos de coleta. Celulares trouxeram muita comodidade à nossa vida, mas utilizam derivados de petróleo em suas peças e metais pesados em suas baterias. Além disso, na maioria das vezes sua produção é feita utilizando mão de obra barata em países em desenvolvimento. Utilize seus “gadgets” até o final da vida útil deles, lembre-se de que eles certamente não foram nada baratos.

8. COMPRE UM VENTILADOR DE TETO
Nem sempre faz calor suficiente pra ser preciso ligar o ar condicionado. Na maioria das vezes um ventilador de teto é o ideal para refrescar o ambiente gastando 90% menos energia. Combinar o uso dos dois também é uma boa idéia. Regule seu ar condicionado para o mínimo e ligue o ventilador de teto.

9. USE SOMENTE PILHAS E BATERIAS RECARREGÁVEIS
É certo que são mais caras, mas ao uso em médio e longo prazo elas se pagam com muito lucro. Duram anos e podem ser recarregadas em média 1000 vezes.

10. LIMPE OU TROQUE OS FILTROS O SEU AR CONDICIONADO
Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.


11.TROQUE SUAS LÂMPADAS INCANDESCENTES POR FLUORESCENTES
Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136 quilos de gás carbônico anualmente.

12. ESCOLHA ELETRODOMÉSTICOS DE BAIXO CONSUMO ENERGÉTICO
Procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de importados).

13. NÃO DEIXE SEUS APARELHOS EM STAND BY
Simplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um eletrodoméstico. A função de stand by de um aparelho usa cerca de 15% a 40% da energia consumida quando ele está em uso.

14. CUIDADO ONDE COLOCA SUA GELADEIRA OU FREEZER
Ao colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Mantenha-os afastados pelos menos 15cm das paredes para evitar o superaquecimento. Colocar roupas e tênis para secar atrás deles então, nem pensar!

15. DESCONGELE GELADEIRAS E FREEZERS ANTIGOS A CADA 15 OU 20 DIAS
O excesso de gelo reduz a circulação de ar frio no aparelho, fazendo com que gaste mais energia para compensar. Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.

16. USE A MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS/LOUÇA SÓ QUANDO ESTIVEREM CHEIAS
Caso você realmente precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se você usa lava-louças não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos. Só o detergente já resolve.

17. RETIRE IMEDIATAMENTE AS ROUPAS DA MÁQUINA DE LAVAR QUANDO ESTIVEREM LIMPAS.
As roupas esquecidas na máquina de lavar ficam muito amassadas, exigindo muito mais trabalho e tempo para passar e consumindo
assim muito mais energia elétrica.

18. TOME BANHO DE CHUVEIRO
E de preferência, rápido. Um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro.

19. USE MENOS ÁGUA QUENTE
Aquecer água consome muita energia. Para lavar a louça ou as roupas, prefira usar água morna ou fria.

20. PENDURE AO INVÉS DE USAR A SECADORA
Você pode economizar mais de 317 quilos de gás carbônico se pendurar as roupas durante metade do ano ao invés de usar a secadora.

21. NUNCA É DEMAIS LEMBRAR: RECICLE NO TRABALHO E EM CASA
Se a sua cidade ou bairro não tem coleta seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Procure onde eles estão perto da sua casa. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel).

22. FAÇA COMPOSTAGEM
Cerca de 3% do metano que ajuda a causar o efeito estufa é gerado pelo lixo orgânico doméstico. Aprenda a fazer compostagem: além de reduzir o problema, você terá um jardim saudável e bonito.

23. REDUZA O USO DE EMBALAGENS
Embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao máximo comprar água em garrafinhas, leve sempre com você a sua própria.

24. COMPRE PAPEL RECICLADO
Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum e poupa nossas florestas.
25. UTILIZE SUA SACOLA PARA AS COMPRAS
Sacolinhas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve sua sacola de feira ou suas próprias sacolinhas plásticas.

26. PLANTE UMA ÁRVORE NO JARDIM DE SEU EDIFÍCIO
Uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlântica ou Iniciativa Verde.

27. COMPRE ALIMENTOS PRODUZIDOS NA SUA REGIÃO
Fazendo isso, além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade.

28. COMPRE ALIMENTOS FRESCOS AO INVÉS DE CONGELADOS
Comida congelada além de mais cara, consome até 10 vezes mais energia para ser produzida. É uma praticidade que nem sempre vale a pena.

29. COMPRE ORGÂNICOS
Por enquanto, alimentos orgânicos são um pouco mais caros pois a demanda ainda é pequena no Brasil. Mas você sabia que, além de não usar agrotóxicos, os orgânicos respeitam os ciclos de vida de animais e ainda por cima absorvem mais gás carbônico da atmosfera que a agricultura “tradicional” ?
Portanto, incentive o comércio de orgânicos para que os preços possam cair com o tempo.

30. ANDE MENOS DE CARRO
Use menos o carro e mais o transporte coletivo (ônibus, metrô) ou o limpo (bicicleta ou a pé). Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.

31. NÃO COLOQUE BAGAGEM EM CIMA DO CARRO
Qualquer peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro cheio gasta 10% a mais de combustível,
devido ao seu peso e aumento da resistência do ar.

32. MANTENHA SEU CARRO REGULADO
Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses, ou de acordo com a recomendação do fabricante.
Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera.

33. LAVE O CARRO A SECO
Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping.

34. QUANDO FOR TROCAR DE CARRO, ESCOLHA UM MODELO MENOS POLUENTE
Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos.
Em cidades como São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10km/h, não faz muito sentido ter carro potente para ficar parado no congestionamento.

35. USE O TELEFONE OU A INTERNET
A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar ? Usar o telefone ou skype pode evitar o stress, economizar um bom dinheiro e poupar a atmosfera.

36. VOE MENOS, REÚNA-SE POR VIDEOCONFERÊNCIA
Reuniões por videoconferência são tão efetivas quanto as presenciais. E deixar de pegar um avião faz uma diferença significativa para a atmosfera.

37. ECONOMIZE CDS E DVDS
CDs e DVDs sem dúvida são mídias eficientes e baratas, mas você sabia que um CD leva cerca de 450 anos para se decompor e que, ao ser incinerado, ele volta como chuva ácida (como a maioria dos plásticos) ? Utilize mídias regraváveis, como CD- RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou FTP para carregar ou partilhar seus arquivos. Hoje em dia, são poucos arquivos que não podem ser disponibilizados virtualmente ao invés de em mídias físicas.

38. PROTEJA AS FLORESTAS
Por anos os ambientalistas foram vistos como “eco-chatos”.
Mas em tempos de aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera.

39. CONSIDERE O IMPACTO DE SEUS INVESTIMENTOS
O dinheiro que você investe não rende juros sozinho. Isso só acontece quando ele é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro dos seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente.

40. INFORME-SE SOBRE A POLÍTICA AMBIENTAL DAS EMPRESAS QUE VOCÊ CONTRATA
Seja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras
para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Por isso, não olhe apenas para as ações que a empresa promove, mas também a sua margem de lucro acionada todos os anos. Será mesmo que eles estão colaborando tanto assim?

41. DESLIGUE O COMPUTADOR
Muita gente tem o péssimo hábito de deixar o computador de casa ou da empresa ligado ininterruptamente, às vezes fazendo downloads, às vezes simplesmente por comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo
e o monitor por até quinze minutos.

42. CONSIDERE TROCAR SEU MONITOR
O maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo ? Doe a instituições como o Comitê para a Democratização da Informática.

43. NO ESCRITÓRIO, DESLIGUE O AR CONDICIONADO
UMA HORA ANTES DO FINAL DO EXPEDIENTE
Num período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que representa quase um mês de economia no final do ano.
Além disso, no final do expediente a temperatura começa a ser mais amena.

44. NÃO PERMITA QUE AS CRIANÇAS BRINQUEM COM ÁGUA
Banho de mangueira, guerrinha de balões de água e toda sorte de brincadeiras com água são sem dúvida divertidas, mas passam a equivocada idéia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação, as crianças. Não deixe que seus filhos brinquem com água, ensine a eles o valor desse bem tão precioso.

45. NO HOTEL, ECONOMIZE TOALHAS E LENÇOIS
Use o bom senso… Você realmente precisa de uma toalha nova todo dia? Em alguns hotéis o hóspede tem a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente, para economizar água e energia. Trocar uma vez a cada 2 dias já está de bom tamanho. Mesma coisa para os lençóis.

46. PARTICIPE DE AÇÕES VIRTUAIS
A Internet é uma arma poderosa na conscientização e mobilização das pessoas. Um exemplo é o site ClickÁrvore, que planta árvores com a ajuda dos internautas. Informe-se e aja!

47. INSTALE UMA VÁLVULA REGULÁVEL NA SUA DESCARGA
Já existem válvulas que regulam a quantidade de água liberada no seu vaso sanitário: mais quantidade para o número 2, menos para o número 1!

48. NÃO PEÇA COMIDA PARA VIAGEM
Se você já foi até o restaurante ou à lanchonete, que tal sentar um pouco e curtir sua comida ao invés de pedir para viagem? Assim você economiza as embalagens de plástico e isopor utilizadas.

49. REGUE AS PLANTAS À NOITE
Ao regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se perca na evaporação e também evita choques térmicos
que podem agredir suas plantas.

50. VÁ DE ESCADA
Para subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza energia elétrica dos elevadores.

Estimacão

Anote na sua agenda! A 4ª edição do ESTIMACÃO em Sorocaba está confirmada para 28 de agosto. A diversão este ano vai começar bem cedinho!!! Já a partir das 9 da manhã até as 13h, o evento vai oferecer uma série de serviços para o bem-estar dos animais, como orientação veterinária, estética animal, adoção de animais, informações sobre legislação, prevenção de doenças, cuidados e bem-estar animal.
A festa promete muita alegria, diversão, fotos, latidos e histórias. Afinal, cães de todas as raças, tamanhos e estilos estarão presentes! E claro, haverá muita empolgação por parte das crianças!!!Sem dúvida, o ESTIMACÃO promove a conscientização e a participação social. Um dos pontos chaves do evento será a posse responsável da adoção, onde um cadastro é feito para que o dono tenha em mente as suas responsabilidades, além da reunião com ar familiar entre pessoas e cachorros.
No ESTIMACÃO é possível também interagir com outras pessoas, outros cachorros, compartilhar experiências, além de pregar uma conscientização. No ano passado, 15 mil pessoas passaram pelo Paço Municipal de Sorocaba, local do evento também este ano. Em 2010, 120 animais foram doados, 4.500 amostras de ração foram doadas, 8 mil brindes foram distribuídos e mais de 500 animais passaram pelo atendimento veterinário!!!

Com a realização da TV Tem e o patrocínio da Special Dog e da Agroverde S.R.

25 agosto 2011

Carta da Terra

PREÂMBULO
Estamos   diante   de   um  momento   crítico   na   história   da   Terra,  numa   época   em  que   a  humanidade  deve  escolher  o  seu  futuro. À  medida  que  o  mundo  torna-se  cada vez  mais  interdependente  e  frágil,  o  futuro  enfrenta,  ao  mesmo  tempo,  grandes  perigos  e  grandes  promessas.   P ara   seguir  adiante,  devemos   reconhecer  que,  no   meio   da   uma   magnífica  diversidade  de  culturas  e formas  de vida,  somos  uma família  humana  e  uma  comunidade  terrestre   com   um   destino   comum.   Devemos   somar   forças   para   gerar   uma   sociedade sustentável global  baseada  no  respeito  pela  natureza,  nos  direitos  humanos  universais,  na  justiça econômica e numa cultura da paz.    Para chegar a este propósito, é imperativo que nós,  os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande  comunidade da vida, e com as futuras gerações.

Terra, Nosso Lar


A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com  uma  comunidade de vida  única. As forças da  natureza fazem  da  existência  uma  aventura  exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. 

A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da  preservação  de  uma  biosfera  saudável  com  todos  seus  sistemas  ecológicos,  uma  rica  variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global  com seus  recursos finitos é  uma  preocupação comum de todas as  pessoas. A  proteção da  vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A Situação Global


Os  padrões  dominantes  de  produção  e  consumo  estão  causando  devastação  ambiental,  redução   dos   recursos   e  uma  massiva   extinção  de  espécies.  Comunidades   estão  sendo  arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e o  fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos  violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes  da  população  humana  tem  sobrecarregado  os  sistemas  ecológicos  e sociais.  As  bases  da  segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

Desafios Para o   Futuro


A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar  a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades  básicas forem atingidas, o desenvolvimento  humano será  primariamente voltado a ser  mais,  não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e  reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano.
Nossos desafios ambientais, econômicos,  políticos, sociais e espirituais estão  interligados, e  junto pode forjar soluções includentes.

Responsabilidade Universal


  Para realizar  estas  aspirações deveu decidir viver  com  um  sentido de  responsabilidade  Universal,   identificando-nos   com   toda   a   comunidade   terrestre   bem   como   com   nossa  comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um compartilha da responsabilidade pelo  presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. 
O espírito de solidariedade  humana e de  parentesco com toda a vida é fortalecido quando  vivemos  com  reverência  o  mistério  da  existência,  com  gratidão  pelo  dom  da vida,  e  com  humildade considerando em relação ao lugar que ocupa o ser humano na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar  um  fundamento   ético  à   comunidade   mundial  emergente.              portanto, juntos   na  esperança,  afirmamos   os   seguintes   princípios,   todos   interdependentes,   visando   um   modo   de   vida  sustentável  como   critério   comum,  através   dos   quais   a  conduta   de   todos   os   indivíduos,  organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada.

                                                PRINCÍPIOS

                       I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.


a.  Reconhecer   que   todos   os   seres   são   interligados   e   cada   forma   de   vida   tem   valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.

b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

 

a.  Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.

b.   Assumir   que   o   aumento   da   liberdade,   dos   conhecimentos   e   do   poder   implica responsabilidade na promoção do bem comum.

3.  Construir sociedades  democráticas  que sejam justas, participativas, sustentáveis        e  pacíficas.


a. Assegurar  que  as  comunidades  em  todos  níveis  garantam  os  direitos  humanos  e  as  liberdades  fundamentais  e proporcionem  a  cada  um  a  oportunidade  de  realizar  seu pleno  potencial.

      b.  Promover   a    justiça  econômica  e  social,   propiciando  a   todos   a   consecução  de  uma subsistência significativa e segura, que se a ecologicamente responsável.

4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.


a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades  das gerações futuras.

b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem, em longo prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.

           
  Para poder cumprir estes quatro amplos compromissos, é necessário:

                                  II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA


5. Proteger  e restaurar a integridade  dos sistemas  ecológicos  da  Terra,  com  especial  preocupação pela  diversidade  biológica  e pelos processos  naturais  que sustentam  a  vida.


a. Adotar planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que  façam  com  que a  conservação ambiental  e a reabilitação sejam parte integral  de  todas as  iniciativas de desenvolvimento.

b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras  selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da  Terra, manter a  biodiversidade e preservar nossa herança natural.

c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçadas.

d.  Controlar e  erradicar  organismos não-nativos  ou modificados geneticamente que  causem  dano  às  espécies  nativas,  ao  meio  ambiente,  e prevenir  a  introdução  desses  organismos  daninhos.

e. Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha  de  forma  que  não  excedam   as  taxas  de  regeneração  e  que  protejam   a  sanidade  dos  ecossistemas.

f.  Manejar  a  extração  e  o  uso  de  recursos  não-renováveis,  como  minerais  e  combustíveis  fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.



6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando  o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.


a.  Orientar  ações para  evitar  a possibilidade  de  sérios  ou  irreversíveis  danos  ambientais mesmo quando a informação científica for incompleta ou não conclusiva.

b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.

c.  Garantir  que  a  decisão  a  ser  tomada  se  oriente pelas  conseqüências  humanas  globais,  cumulativas, de longo prazo, indiretas e de longo alcance.


d.  Impedir  a poluição  de  qualquer parte  do  meio  ambiente  e  não permitir  o  aumento  de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.

e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões  de produção,  consumo  e reprodução  que protejam as  capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.


a.  Reduzir,  reutilizar  e  reciclar  materiais  usados  nos  sistemas  de produção  e  consumo  e  garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.

b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos  energéticos renováveis, como a energia solar e do vento.

c.   Promover   o   desenvolvimento,   a   adoção   e   a   transferência   eqüitativa  de   tecnologias  ambientais saudáveis.

d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de  venda e  habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e  ambientais.

e.  Garantir  acesso  universal  à  assistência  de  saúde  que  fomente  a  saúde  reprodutiva  e  a  reprodução responsável.

f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo  finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.


a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.

b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuam para a proteção ambiental e o bem-estar humano.

c.  Garantir  que  informações  de  vital  importância para  a  saúde humana  e para  a proteção  ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.

                                  III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA


9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.

 

a.  Garantir  o  direito  à  água  potável,  ao  ar puro,  à  segurança  alimentar,  aos  solos  não-contaminados,   ao   abrigo   e   saneamento   seguro,   distribuindo   os   recursos   nacionais   e  internacionais requeridos.

b.  Prover   cada   ser   humano  de  educação  e  recursos   para   assegurar   uma  subsistência  sustentável, e proporcionar seguro social e segurança coletiva a todos aqueles que não são  capazes de manter-se por conta própria.

c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.

10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os  níveis promovam  o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.


a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.

b.  Incrementar   os   recursos   intelectuais,   financeiros,   técnicos   e   sociais   das   nações   em desenvolvimento e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.

c.  Garantir  que  todas  as  transações  comerciais  apóiem  o  uso  de  recursos  sustentáveis,  a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.

d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas atividades.

11.   Afirmar   a   igualdade   e   a   eqüidade   de   gênero   como   pré-requisitos   para   o  desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência á saúde e às oportunidades econômicas.


a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda  violência contra elas.

b.  Promover  a participação  ativa  das  mulheres  em  todos  os  aspectos  da  vida  econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.

c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os membros  da família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente  natural e  social,  capaz  de  assegurar  a  dignidade  humana,  a  saúde  corporal  e  o  bem-estar espiritual, concede   do especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.

b.  Afirmar   o  direito  dos  povos  indígenas  à  sua  espiritualidade,   conhecimentos,  terras  e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.

c. Honrar  e apoiar  os  jovens  das nossas  comunidades, habilitando-os  a  cumprir seu papel  essencial na criação de sociedades sustentáveis.

d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

                             IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ


13.  Fortalecer  as  instituições  democráticas  em  todos  os níveis  e  proporcionar-lhes transparência e prestação de contas   o exercício do governo, participação inclusiva  a tomada de decisões, e acesso à justiça.

                                                                                                           
a. Defender o direito de todas as pessoas no sentido de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse.

b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.

c.  Proteger  os  direitos  à  liberdade  de  opinião,  de  expressão,  de  assembléia pacífica,  de associação e de oposição.

d.   Instituir   o   acesso   efetivo   e   eficiente   a   procedimentos   administrativos e   judiciais independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.

c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não-provocativa  da  defesa  e  converter  os  recursos  militares  em propósitos pacíficos,  incluindo restauração ecológica.

d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.

e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e a paz.

f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a  Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE


Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra.          ara cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto   requer   uma   mudança   na   mente   e   no   coração.   Requer   um   novo   sentido   de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação  a visão de  um  modo de vida sustentável  aos  níveis  local,  nacional,  regional  e global.  Nossa diversidade cultural é uma herança  preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes.  Isto pode significar escolhas difíceis.  porém,  necessitamos   encontrar  caminhos   para  harmonizar  a  diversidade  com  a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo   prazo.  Todo   indivíduo,  família,  organização   e   comunidade   têm   um  papel  vital  a desempenhar. As  artes,  as  ciências,  as  religiões,  as  instituições  educativas,  os  meios  de comunicação,  as  empresas,  as organizações  não-governamentais  e os governos são todos chamados  a  oferecer  uma  liderança  criativa.  A   parceria  entre  governo,  sociedade  civil  e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.

  Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as  Nações  Unidas, cumprir com suas obrigações  respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado  pelo despertar de uma  nova reverência face à vida,  pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.

Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.

 Fortalecer as  comunidades locais, habilitando-as a  cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar,  a educação formal e   a aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades  necessárias para um modo de vida sustentável.


a.  Oferecer a  todos, especialmente a  crianças e  jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.

b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.

c.  Intensificar  o  papel  dos  meios  de  comunicação  de  massa  no  sentido  de  aumentar  a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.

d.   Reconhecer   a   importância   da   educação   moral   e   espiritual   para   uma   subsistência sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.


a.  Impedir   crueldades   aos   animais   mantidos   em   sociedades   humanas   e  protegê-los  de sofrimentos.

b.  Proteger   animais   selvagens   de   métodos   de   caça,   armadilhas   e   pesca   que   causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.

c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.

16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.

a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.

b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos  violentos e  usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.

Ação, Ação, Ação! Protagonismo Ambiental, Já! artigo de Donato Velloso | Portal EcoDebate

Ação, Ação, Ação! Protagonismo Ambiental, Já! artigo de Donato Velloso

Publicado em agosto 25, 2011 por HC
Tags: sociedade
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Ação, Ação, Ação! Protagonismo Ambiental, Já! artigo de Donato Velloso
[EcoDebate] Além de extrapolarmos os limites de profanação ao ambiente comum em que convivemos é vergonhoso compactuarmos e continuarmos omissos, como meros espectadores da crise ecológica que pouco a pouco vem se agravando, sem perceber o estado de emergência da nossa existência, tão curta, nesta casa comum, o nosso planeta TERRA com seus bilhões de anos, ecossistema em processo de transformação ainda com elementos fundamentais as nossas e outras vidas.
Uma inquietação vem tomando conta dos que atentam para maior cuidado ao ambiente comum, onde uma grande maioria, mesmo consciente, não tem a percepção do destino que estão construindo para as próximas gerações.
O limite da acomodação chegou ao fim, os recursos para a sobrevivência de muitos, estão se esgotando rapidamente, estamos reféns de uma crise sócio-ambiental sem precedentes na história, que extingue seres vivos e ameaça a própria existência humana.
Vamos acordar! Conhecer os problemas e reverter esta triste e ameaçadora realidade, cada um precisa fazer urgente a sua parte, sobretudo os que atuam economicamente nos seus territórios.
É necessário o aporte de volumosos recursos, público/privado e um processo de mobilização participativa comunitária intensa em ações concretas, tendo em vista um desenvolvimento justo e sustentável. Mudanças de paradigma são fundamentais para dar conta dos problemas ambientais enfrentados nos dias atuais, como o grave problema das mudanças climáticas. Os humanos precisam rever urgentemente valores, hábitos, mudar condutas, avaliar, propor e agir. Para bem fazê-lo, é necessário entender que estamos no mesmo barco, que a vida está em desequilíbrio, o que requer atenção, prevenção e prioridade no cuidado a respeito das questões ambientais que nos cercam suas causas, conhecimento, compreensão e adaptação aos novos tempos, nada promissores que enfrentaremos.
Necessitamos todos, humildemente, pactuar uma visão que se fundamente na simplicidade, respeitando as conexões das diversas formas de vida, onde cada um compartilhe da responsabilidade de valorar e se orgulhar de dispor de sua energia, para concretizar ações pelo bem-estar de sua comunidade e dos seres vivos, do qual apenas fazemos parte.
Sonhar com uma região sustentável é estabelecer uma gestão, participativa, integrada, compartilhada por moradores, empresas, governo e a mídia, formando uma rede solidária no enfrentamento e redução das injustiças sociais, da pobreza e dos problemas ambientais que nos atingem. A elaboração de novas diretrizes sócias e ambientais, priorizando o conhecimento ambiental como foco de ações de aprendizagem transformadora, com campanhas conservacionistas, acompanhada da fiscalização sobre as formas de interferência humana no ambiente é um caminho aberto a todos aqueles que aqui vivem e amam esta configuração geográfica de beleza incomum, para que possamos promover o ecodesenvolvimento de forma permanente.
O desejo de mais diálogo, ética, generosidade, participação, confiança, solidariedade e a transparência são as bases para construir um lugar bom de conviver e contribuir por um mundo melhor.
Os objetivos compartilhados voltados para o cuidado das questões ambientais locais devem prevalecer sobre os fins particulares. Procure conhecer os problemas que assolam a nossa região e como eles podem ser resolvidos, o que irá inspirá-lo a começar com os trabalhos e a incentivar outras pessoas a fazer o mesmo. Junte-se aos que fazem, a sua energia é muito preciosa nesta missão. As leis existem, e nelas estão devidamente traçados os mecanismos voltados para um ambiente equilibrado, que possibilite melhor qualidade de vida. Seja um voluntário do LAGOA VIVA ou de outras organizações que realizam trabalhos semelhantes. Se você possui recursos, vitalidade, tempo ou qualificações necessárias, faça sua contribuição a uma organização em que você comprove suas ações. Denuncie os atos lesivos ao patrimônio ambiental, contate seus familiares, vizinhos, amigos ou autoridades locais e incite-os a proteger, conservar os recursos naturais na sua área ou a tomar uma postura firme em relação às políticas públicas relacionadas à conservação. Faça sua parte cotidianamente, não desperdiçando água, energia, alimentos, reutilizando, reciclando, utilizando e consumindo produtos ecologicamente corretos. Além do agradecimento com os que já cooperam com o MOVIMENTO PACTO DE RESGATE AMBIENTAL que luta pela revitalização e conservação permanente de nossos rios e lagoas, continuamos determinados em engajar novos atores nesta CAUSA.
”As comunidades não podem perder sua força vital, que são todos aqueles que participam pacificamente. Elas evoluem na medida em que seus cidadãos aprendem a cooperar, e o progresso é a soma das energias dos seus componentes individuais.”
Junte-se a nós, acesse www.pactoderesgateambiental.org
Saudações sustentáveis.
Donato Velloso – Presidente do Lagoa Viva, Diretor da AIB, da Acibarra e Coordenador do Movimento Evolutivo Pacto de Resgate Ambiental.
EcoDebate, 25/08/2011

Coloco aqui mais um artigo que fala sobre o impacto ambiental que essa Hidroelétrica causará em nosso Meio Ambiente. Deixo também os créditos de que os publicou, apenas veiculo os artigos. 

Belo Monte: Genocídio Anunciado, artigo de J. Sulema Mendes de Budin | Portal EcoDebate

Belo Monte: Genocídio Anunciado, artigo de J. Sulema Mendes de Budin

Publicado em agosto 25, 2011 por HC
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Srs. presidentes do IBAMA e da Chesf – a minúscula é intencional, porque proporcional as suas “dimensões” como instrumentos de terceiro escalão desse “desgoverno”, que afronta os direitos mais básicos dos cidadãos.
Sr. Curt, ao confirmar de viva voz para a jornalista australiana o que todos os que conhecem as táticas e estratégias da indústria barrageira e seus acólitos já sabem, anunciando o genocídio dos índios (e demais opositores a essa barragem criminosa e desnecessária, como os ribeirinhos, os pescadores e as pulações tradicionais) que serão tratados “como os aborígenes” foram, na Austrália, se posicionou claramente dentro das técnicas reacionárias e neo-nazistas, que ignoram os direitos mais fundamentais do ser humano.
Com tantos títulos no CV, o senhor passará direto sobre todo o sistema legal deste país, tratando os índios com idêntico menospreso que os colonizadores e a ditadura militar. Se a OAB e o CNJ ainda mantiverem algum comprometimento com suas origens e história, o mínimo que deve lhe acontecer é ser expulso da primeira e penalizado pelo segundo, assim como os juízes pressionados que estão alegando “incompetência”, para fugirem às responsabilidades para com o sistema jurídico, que é o maior pilar do Estado de Direito.
O senhor é uma vergonha para a parte consciente da classe dos advogados, para os brasileiros e para os gaúchos, intrépidos defensores das suas tradições e direitos – se não sabe, procure a história da Revolução Farroupilha – e o próprio Judiciário do RS, sempre à frente em suas decisões, especialmente relativas ao meio ambiente e ás causas sociais, assim como o MPF/RS, que vem enfrentando interesses políticos e empresariais, na defesa dos direitos dos cidadãos e do meio ambiente.
O sr. (Phd) Curt, como todo instrumentinho de segunda classe, arrogante prepotente e pretencioso, está confiante que as leis neste país não valem para os asseclas desse “governo”. Engano seu. Enquanto houver um mínimo de senso de justiça e anseio de verdadeira democracia num povo, cedo ou tarde, aqueles que cometeram crimes, como o senhor ao assinar a LI de Belo Monte, para defender interesses menores e escusos, contrariando os próprios técnicos do IBAMA que foram contra essa usina e o Painel de 40 especialistas, de reconhecida competência no Brasil e no exterior que provaram, tecnica e científicamente, desde os impactos sócioambientais em toda a Bacia do Xingu, como a inviabilidade financeira da usina, um dia serão punidos. Para cada Al Capone, há sempre um Elliot Ness!
Por favor, não nos envergonhe ainda mais com a sua desinformação sobre o órgão que está presidindo, afirmando para a imprensa o “papel do IBAMA não é proteger o meio ambiente, mas miniminizar os impactos”, o que demonstra sua completa ignorância sobre as finalidades e objetivos do IBAMA. Dê uma lida na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6931/81) art. 6º, IV, art. 10 § 4º, na Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9433/97) na lei que criou o IBAMA e, de passagem, no art. 213 e art. 5º da CF/88.
Aproveite para se inteirar sobre a Convenção 169 da OIT (com efeito vinculante) e demais Tratados Convenções e Declarações Internacionais que o Brasil assinou, se comprometendo a zelar pela integridade dos povos indígenas e das populações tradicionais, assim como a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas (que trata dos direitos das comunidades indígenas de todo o mundo) aprovada pela Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas, em 13 de setembro de 2007, contando com o apoio de 144 países, dentre os quais o Brasil. O descaso com essa Declaração, apesar de não ter efeito vinculante, mais uma vez, compromete a imagem do país por decisões ditatoriais e irresponsáveis de governo, que ignoram os direitos fundamentais dos cidadãos, especialmente os mais frágeis.
Para seu conhecimento, a função primordial do IBAMA, como órgão executivo da PNMA não é “minimizar impactos”, mas sim “desenvolver atividades para a preservação e conservação do patrimônio natural…” E, entre os 14 objetivos finalísticos “definidos para sua missão institucional” estão: “Intervir nos processos de desenvolvimento geradores de significativo impacto ambiental, nos âmbitos regional e nacional (04); Executar ações de gestão, proteção e controle da qualidade dos recursos hídricos (06); Manter a integridade das áreas de preservação permanentes e das reservas legais (07). (Fonte IBAMA).
Títulos à parte, já ouviu falar no princípio da precaução, inscrito no art. 255 da CF/88, que é a base do Direito Ambiental? Em síntese, a regra é que na dúvida prevalece a proteção ao meio ambiente. E na Lei de Crimes Ambientais? E na Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (artigos I, II c) III, c), d), e), IV E VI) ratificada pelo Brasil em 15 de abril de 1952, através do Decreto 30.822/1956, e regulamentada pela Lei 2889/1956 (art. 1º, a) e c), além da Lei de Crimes Hediondos – Lei 8.072/ 1990 (art. 1º e § único). Esses crimes são imprescriptiveis e a responsabilização é abrangente e solidária!
Sr. José Ailton de Lima (com, sem ou apesar de títulos) sua posição é ainda mais penalizável que a do presidente do IBAMA, pelo acúmulo de funções, no Conselho do Consórcio Norte Energia. Contrate desde já um exclente advogado e peça ele que esclareça suas responsabilidades, inclusive face à legislação acima citada, entre outras. E, por favor, nos poupe de asneiras como a declaração recente que “os índios sairão por bem ou por direito”, porque o único “direito” que pode arrancar os índios e demais populações tradicionais das regiões a serem alagadas é o da força bruta, sem repaldo legal que, aliás, a indústria barrageira que o senhor serve, assim como esse governo anti-democrático e autoritário, não exita em utilizar.
Sua formação profissional como engenheiro, e seu carguinho de terceiro escalão na CHESF, não o desobrigam de um conhecimento mínimo das leis ambientais que estão sendo infringidas, assim como do conceito de genocídio, implícito na sua declaração pública e dos direitos dos povos indígenas violados covardemente pelos represamentos de rios para geração de energia elétrica, a serviço de interesses internacionais, respaldado no velho esquema de corrupção.
O senhor sabia que, entre tantas outras implicações, assim como os demais responsáveis pelo Consórcio pela construção, Licenças Ambientais, o diretor-presidente, Carlos Nascimento etc, pode ser submetido a julgamento por uma Corte Internacional, também por violação de direitos humanos e da Convenção 169 da OIT? Não fique tão tranqüilo por contar com a impunidade que vem manchando o sistema legal deste país, porque ela é transitória, assim como essa “chefia” que está exercendo, para “facilitar” as coisas. E por lá a situação é bem diferente porque o Brasil, como participante da sociedade internacional, obrigou-se a cumprir a Convenção 169, da OIT, o que lhe acarreta também responsabilidades específicas diante do Direito Internacional. (Para sua informação, o Brasil já acumula duas condenações internacionais pelas usinas do Rio Madeira).
Belo Monte é um crime ambiental do porte de Balbina, um crime social ainda maior contra comunidades indefesas e um crime econômico-financeiro contra o país, que vai dispender trilhões (incluindo dinheiro público do BNDES) numa usina desnecessária, economicamente inviável, quando não há recursos para a saúde (pessoas morrem nas filas do SUS, hospitais estão caindo aos pedaços e não há médicos suficientes) para a educação (milhões de crianças ficam sem escolas, sem professores, sem merenda escolar) para a segurança dos cidadãos (as polícias, além de mal pagas, não contam com equipamentos, nem sistemas nacionais de cadastros de criminosos).
Entre os princípios básicos para a interpretação das disposições da Convenção 169 da OIT, além da consulta e da participação dos indígenas, está o seu direito de decidir sobre suas próprias prioridades nas questões que afetem suas vidas, crenças, instituições, valores espirituais e a própria terra que ocupam ou utilizam.
Todas as vezes que os índios e demais populações tradicionais (que podem também ser consideradas como povos tribais para fins de aplicação da Convenção OIT 169 – o artigo 3º do Decreto nº 6.040, de fevereiro de 2007 define povos e comunidades tradicionais com todos os elementos e critérios estabelecidos no artigo 1º da Convenção 169 da OIT) se manifestaram em simulacros de “consulta”, foi contra Belo Monte. E o senhor tem a desfaçatez de afirmar que sairão “por direito”? O seu “direito” vai fazer correr muito sangue sobre o Rio Xingu. Mas é claro que o senhor, e os outros “responsáveis” pela obra não estarão lá! A sua “coragem” e a dos demais implicados, não dá para tanto! Façam bom uso, o senhor o presidente do IBAMA os responsáveis pelo Consórcio para a construção, do seu “direito” de ficar bem longe. EU VOU ESTAR LÁ, junto com os Kaiapós e os outros índios, se eles me aceitarem, porque sirvo a uma causa justa e a minha coragem vai além de escrever este artigo.
J. Sulema Mendes de Budin, cidadã brasileira. (Ambientalista, advogada e consultora em meio ambiente). Esse texto é de minha inteira e exclusiva responsabilidade. Quaisquer formas de reprodução e/ou veiculação, por quaisquer meios, não alteram nem minimizam essa responsabilidade.


Essa reportagem que fiz questão de veicular, é para que possamos prestar mais atenção ás notícias que vemos ou ouvimos, não sei há exagero ou não, mas quero deixar registrado que também sou contra a construção desse Usina que destruirá a vida de muitos ribeirinhos que vivem da pesca. Que possamos colocar nossas ações em prol dessas pessoas.