Arca Brasil

30 março 2011

O Apanhador de Estrelas


O apanhador de estrelas

Em uma galáxia distante, existia um homem sobrevivente da terra conhecido como o Apanhador de Estrelas, seu nome era desconhecido, apenas seus feitos.
Cada um dos planetas em que aportava, trazia consigo uma estrela diferente, umas com mais brilhos, outras com menos.
Mas um dia, algo diferente aconteceu que nem mesmo ele soube explicar...
Estava vagando só pelos planetas em busca de mais estrelas que pudesse completar a sua coleção, foi quando deparou com uma que logo lhe chamou a atenção...
Era pequena, porem muito formosa, mas parecia triste e solitária ao longo do céu, seu brilho estava se extinguindo, nem mesmo sabendo o porque de tudo, ele apanhou aquela estrela, colocando-a junto as outras.
Mas com o passar dos dias aquela estrela se mostrou muito diferente de quando a tirou de seu lugar, mesmo triste, ela sobressaía ás outras.
Seu brilho era ameno, mas aconchegante, seu sorriso, embora triste trazia algo que acalentava o coração, seu olhar, era penetrante como uma espada, pois ela conseguia ver a alma se possível fosse.
Sem saber como agir, resolveu então perguntar a estrela como se chamava, sua resposta o surpreendeu, seu nome era Árya.
Pequena em tamanho, mas grande em poder, a curiosidade sobre ela aumentava a cada dia, e mais e mais, seu coração então se viu enfeitiçado pelo calor daquela voz, daquele sorriso, daquele olhar.
Aquele homem rude, acostumado a tantas coisas ruins, percebeu que seu coração finalmente se rendia aos pés de algo muito maior do o universo e suas estrelas, ele batia muito mais forte, suspirava na ânsia de poder reencontrá-la a cada dia que se passava.
Foi então que ele tomou uma decisão drástica, deixaria de colecionar estrelas e as devolveria novamente ao céu, mas ao mesmo tempo seu coração doeu por dentro, porque sabia que teria que devolver aquela que também o encantava.
Mas, ele tinha que fazer isso, pois agora ele entendia que o amor era real, como nunca havia experimentado tal sentimento, e sabia também que não poderia de modo algum privar aquela estrela de brilhar no céu novamente.
Finalmente, ele soltou todas elas, mas chegou a hora de despedir-se daquele anjo iluminado que enfeitou os seus dias, seu coração pedia que ela não fosse embora, mas ela era livre pra decidir, ele então declarou seu amor a ela, ambos choraram muito.
Chegada a hora da partida, com o coração em pedaços, ele despediu-se dela, pois sabia que nunca mais a veria outra vez.
Sentiria falta do seu calor, do seu brilho, de sua presença...
Ah! quem dera ele pudesse ser contornat tudo isso, quem dera ele conseguisse mudar os sentimentos dela a seu respeito...
Não querendo ver a sua saída da nave mãe, ele voltou para seu aposento, com lágrimas nos olhos e uma dor tão aguda no peito que nada mais o consolava.
De tanto chorar adormeceu, ele então sentiu um calor muito intenso ao seu lado, julgou estar sonhando novamente com ela, se viu novamente em seus olhos, nos seus beijos, e não se deu conta do que estava por vir.
Seu corpo vencido tombava sobre os lençóis...
E quando finalmente despertou, sentiu algo especial, seu coração bateu forte, suas mãos suavam frias... ela estava ao seu lado, não tinha ido embora afinal, mas,será que não era mais um sonho? Será que não era mera fantasia da sua cabeça perturbada?
Foi quando ela lhe deu um longo beijo, e um abraço tão apertado, que ele então pela primeira vez em toda a sua vida, soube o que era felicidade.
Aquele homem rude desnudou-se por fim, deixando para trás a sua má sorte, encontrando algo imenso, que era seu amor, a sua Árya, estrela pequena, mas com tanto amor em seu coração que o fez render-se finalmente.
Como soldado vencido, deixou-se ficar por longo tempo, contemplando a sua amada ali ao seu lado, seu coração outrora cheio de tanta amargura, finalmente repousava feliz.

By Helena
07/08/2007

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