Arca Brasil

30 março 2011

Conferências


CONFERÊNCIAS

Em 1972, a ONU organiza, em Estocolmo na Suécia a primeira Conferência, para discussões sobre o meio ambiente e o aquecimento global, o encontro teve 113 países e mais de 400 ONGs em todo mundo, este foi considerado o ponto zero do debate mundial, e resultou na criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Vinte anos após a ONU convoca novas reuniões e desta vez é realizada no Rio de Janeiro em 1992, a Rio Eco/92, a conferência teve como um de seus principais resultados o acordo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa que causam o aquecimento global - a Convenção sobre Mudança do Clima.
Assinada inicialmente por 154 países, a Convenção entrou em vigor em 1994 e, no ano seguinte, em Berlim (Alemanha), foi realizada a 1a. Conferência das Partes (COP 1), ou seja, a primeira reunião dos países participantes da Convenção. Foi nessa primeira COP que ficou decidida a criação, até 1997, de um protocolo com metas para a redução de emissões. Nesse ano, a reunião da ONU aconteceu em Kyoto, no Japão, e lá surgiu então o Protocolo de Kyoto.
E o que é o Protocolo de Kyoto?Trata-se de um compromisso estabelecido pelos países que assinaram a Convenção da ONU sobre Mudança do Clima de reduzirem, entre 2008 e 2012, suas emissões poluentes em pelo menos 5% em relação aos níveis verificados em 1990. O Brasil ratificou em 2002 o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em 2005.
Em 2007, em Bali na Indonésia, foi traçado o caminho, na COP 13 para as negociações.Em Copenhague na Dinamarca, a COP 15, será realizada entre os dias 7 a 18 de dezembro/2009, para um dos encontros mais importantes na história – a 15a. Conferência das Partes (COP 15) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, é esperado representantes de cerca de 200 países. Sua realização é aguardada com expectativa e esperança por todos os que se preocupam com as mudanças climáticas e seus impactos no planeta.
Os desafios são enormes. Há um grande impasse hoje entre países desenvolvidos e em desenvolvimento sobre quais as metas possíveis e desejadas para a redução de emissões e o nível de comprometimento dos países com o clima global. A chegada de Barack Obama ao poder nos EUA, a crise econômica e os estudos científicos apontando a gravidade dos impactos do aquecimento global sobre a vida no planeta são fatores que deverão influenciar decisivamente a reunião COP 15 em Copenhague. Os dados científicos são claros: temos que reduzir, em 2015, as emissões de CO2 no mundo e construir, até 2050, uma economia com baixa emissão de gases do efeito estufa.
A atividade humana é a principal causa do aquecimento global. Na prática, todos os setores da economia – energia, transporte, indústria, desenvolvimento urbano, pesca, agricultura industrial (incluindo produção para ração animal, fibra e produção de agrocombustíveis) – têm contribuído para acelerar o problema. O apetite dos seres humanos por recursos naturais só aumenta, mas o tamanho do planeta continua o mesmo.
O Painel de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) revelou em novembro de 2008 que a concentração de CO2 – principal gás do efeito estufa – na atmosfera aumentou 0,5% entre 2006 e 2007. Essa concentração aumentou 24% desde 1990. Ou seja: mesmo com todos os alertas da comunidade científica e de ambientalistas, o mundo continua aumentando suas emissões. E o efeito disso já podem ser vistos em todo o planeta.
Quem mais vai sofrer com as mudanças climáticas são os países pobres. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, houve um aumento na incidência de eventos climáticos extremos no território brasileiro entre 1970 e 2008, causando a morte de mais de seis mil pessoas e prejuízos da ordem de US$ 10 bilhões.
No final de novembro de 2008, chuvas torrenciais provocaram em Santa Catarina a morte de mais de 130 pessoas e milhões de reais em prejuízos materiais. Várias cidades decretaram estado de emergência e milhares de pessoas ficaram desabrigadas. Em maio de 2009, fortes chuvas também destruíram casas, causaram mortes e desabrigaram milhares pessoas nos estados do Norte e Nordeste do país, ao mesmo tempo que uma seca profunda afetava os produtores agrícolas do Sul.
Com todos esses dados é que será realizada em Copenhague, a 15º Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, é esperado que o nosso Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se apresente nesta conferência.
Do período pré-industrial até hoje, o aumento de temperatura no planeta foi, em média, de 0,8oC. Por conta das emissões já lançadas na atmosfera, a temperatura vai aumentar pelo menos mais 0,6oC. Esse aquecimento médio de 1,4oC do planeta nos coloca muito próximos de cruzar o limite da estabilidade, o chamado tipping point, ou ponto de saturação. A ciência estima que esse limite será ultrapassado caso a temperatura média da Terra aumente cerca de 2oC, provocando uma série de fenômenos naturais que, por sua vez, vão liberar ainda mais gases poluentes na atmosfera.
Enquanto vivemos, produzimos e consumimos, a temperatura média da Terra aumenta. O uso das riquezas naturais já extrapola em cerca de 25% a capacidade de regeneração do planeta. Mais de 80% desses recursos é utilizado pelas nações industrializadas. Somos responsáveis por esse planeta onde vivemos e queremos conservar. Através desta Conferência que medidas sejam tomadas a respeito, não vamos perder as esperanças de salvar nosso planeta da destruição total.
30/07/2009
Texto retirado do site: www.greenpeace.org.br

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